terça-feira, 19 de março de 2013

GOJIRA





A banda francesa GOJIRA se coloca como mais um dos grandes nomes do Heavy Metal contemporâneo. Particularmente, o que mais me deu gosto de ver no som da banda foi a proposta original, que claramente primou pela não acomodação.


Explico: para o Gojira, tudo poderia parecer 'ganho' com "The Way Of All Flesh", belíssimo petardo de 2008. O grupo já vinha de uma salutar e constante evolução desde sua estréia em "Terra Incognita" (2001), mas foi na obra de 2008 que pareceram encontrar uma espécie de caminho, uma fórmula direcionada de sua sonoridade - o que é ótimo, pois assentaram influências e criatividade em cima de brutalidade, melodia arrebatadora e vocalizações certeiras.

Mas eis o risco de toda 'fórmula': a acomodação. Pior, para bandas em que depositamos nossa confiança (isto é, o futuro da música pesada), há o risco de uma acomodação precoce! O risco de soar repetitivo, padronizado, embora ousados e únicos lá na origem. Vemos isso toda hora no rock'n roll.


Pois, felizmente - e digo isso com louvor - NÃO foi o que ocorreu com o excelente Gojira, que no ano de 2012, cercado de expectativas, nos brindou com um épico que atende pelo nome de "L'Enfant Sauvage".


Aqui, o apelo vanguardista passa até mesmo pelos detalhes das composições. Soam misteriosos e soturnos na medida certa, sem deixar de fazer um som dinâmico e cativante, o que é igualmente essencial.


Mas o mais importante é a sacada, da qual já tratei (e em muito irei me repetir) neste blog: uma nova concepção do Heavy Metal, uma nova maneira de fazê-lo soar, de pensá-lo, compô-lo, executá-lo. Tudo com os franceses do Gojira soa novo, revigorado, inteligente, original! As composições são grandiosas, e a estrutura das músicas é bastante própria, ímpar, personalíssima.

E isso enche os olhos (e ouvidos)!


Bela banda!!!


http://www.gojira-music.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Gojira




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